21 de jul. de 2008

Luchino Visconti, Rocco e Seus Irmãos


Rocco (direita) e Simone (esquerda), pivôs de um drama familiar

A Narrativa

Rocco e sua família desembarcam do trem em Milão. Eles vêm do sul da Itália, na migração pós-Segunda Guerra Mundial que fez 9 milhões de pessoas abandonarem seus lares em busca do trabalho que parecia existir apenas no norte do país. Não vieram antes em busca de seu lugar no Milagre Econômico que demorou a chegar ao sul porque o pai não deixava - preferia ficar em sua amada terra colhendo os frutos de sua labuta como pescador.

Mas ele morre e Rosaria faz o que desejava realizar a 25 anos: seguir para o norte. Abandonar aquela parte do país dominada pelo atraso cultural e econômico. Entretanto, o que sua atitude possa carregar de libertária, esconde uma típica “mama italiana”: barulhenta, melodramática, e extremamente ineficaz no que diz respeito a reconhecer suas omissões na educação de seus filhos.

Como os cinco dedos da mão, os cinco irmãos deveriam se unir para serem mais fortes que o destino. Vincenzo já estava em Milão, com trabalho na construção civil e uma noiva (é justamente ele que não irá buscar sua família na estação). Ciro arruma emprego na fábrica de automóveis da Alfa Romeo (juntamente com Vincenzo, representa o lado da família que consegue se integrar na economia do norte). Luca, o temporão, a criança que acompanha os acontecimentos que afligem a família. (ao lado, Rosaria mostra o broche com a imagem do falecido)

Simone (que apesar do nome, é um homem), será o catalisador da desintegração do grupo. Rocco, o santo, é aquele que levará até ao limite do bom senso a defesa dos valores de união da família que começa a se desintegrar.

Depois de uma recepção festiva na casa de Vincenzo, onde confraternizam com a família de sua noiva Ginetta, explode uma discussão e Rosaria carrega os quatro filhos para a rua. Acabam morando nos porões de um prédio de conjunto habitacional. Quando chegam, com uma pequena carroça abarrotada com seus pertences e puxada por eles mesmos, é impossível para o espectador não notar a forma desdenhosa como duas moradoras (imagem abaixo) se referem ao grupo recém chegado do sul pobre do país:

moradora 1: Você viu? Mãe do céu, África!

moradora 2: Já sabem de onde vêm?

moradora 1: Lucania!

moradora 2: Onde fica esta tal de Lucania?

moradora 1: Fica no sul!

moradora 2: Ah, entendi! Eles vêm
do campo. [risos]

Certo dia Vincenzo discute com Ginetta. É quando esbarra com Nádia, que sai de casa em função de uma discussão familiar que todos os vizinhos conseguem ouvir. Vincenzo lhe oferece abrigo e se encaminha para o apartamento de sua família. É o primeiro contato entre Simone, Rocco e Nádia, o núcleo em torno do qual o filme se desenrola e a família se desagrega. Quando um policial é chamado para ajudar Nádia a resolver seu problema, ela dá um jeito de desaparecer sem explicações. (abaixo, à direita)

Os dois irmãos, ao contrário de Vincenzo e Ciro, não arrumam um emprego tradicional, preferem a luta de boxe – embora apenas Simone pense nisso profissionalmente. Consegue sua primeira vitória. Encontra Nádia na rua e saem para um programa - percebemos então que ela é prostituta; sua fuga do policial no outro dia foi porque naquela época isso era crime. Simone se apaixona por Nádia e estabelecem uma relação onde ela o manipula. Veremos, entretanto, que a paixão obsessiva dele levará ambos à ruína, arrastando a família atrás de si. Simone vai mostrando sua índole ruim ao longo do filme - rouba uma camisa e cria um problema para Rocco na lavanderia em que este trabalha. Rocco vai para o exército. Certo dia, após enviar todo seu dinheiro para a mãe, ele encontra Nádia.

Diferentemente de sua relação com Simone, Nádia desenvolve um amor verdadeiro com Rocco. Nota-se inclusive que ela não se importa de pagar um café para ele, já que está sem dinheiro. Com relação à Simone, é o contrário, ela tira dele todo o dinheiro que pode. Começa aí um caso de amor que irá detonar o início do fim de Simone – e também de Nádia e de Rocco.

Simone começa a perder lutas e Rocco é contratado para lutar no lugar dele. Acabam lutando por causa de Nádia, antes disso Simone a estupra na frente de Rocco (ao lado). No dia seguinte, Rocco pede que ela volte para Simone. Nádia sofre e depois diz que odeia Rocco (imagem abaixo, à direita). Decidida a fazer da vida dele um inferno, Nádia volta para (o fraco e obcecado por ela) Simone – e vão viver na casa da mãe dele, já que Simone não arranja trabalho e se tornou um alcoólatra.

A única coisa que consegue pensar para resolver os problemas financeiros é procurar seu antigo empresário, que é homossexual, pedindo dinheiro em troca de sexo. Acaba brigando com ele. Rocco, Vincenzo e Ciro são chamados para ajudar o irmão ou deixa-lo ser entregue à polícia. A dívida de Simone é enorme, não há dinheiro suficiente com os irmãos para resolver o problema. Rocco assume a dívida ao decidir que vai aceitar o contrato de dez anos com o antigo treinador de Simone. Rocco faz tudo pelo irmão, deixou até que ele o surrasse na noite que não conseguiu impedir Simone de currar Nádia. Rocco assume uma carreira que não queria porque isso vai ajudar a salvar o irmão.

Certo dia, depois de uma discussão com Rosaria, Nádia percebe que Simone chegou ao fundo do poço e decide ir embora. Tempos depois, Simone e Nádia se Reencontram. Ela está com um cliente, mas pede que ele espere e vai conversar com Simone. Depois de uma discussão, ele mata Nádia. Retorna para a casa da mãe (de onde foi expulso por Ciro). Quando ele chega, todos no prédio estão comemorando a vitória de Rocco no ringue naquela noite. Conta para Rocco o que ele fez agora. Rocco se contorce de dor e arrependimento num grito visceral.

Apesar de tudo, Rocco parte em defesa do irmão, mas Ciro chama a polícia e entrega Simone. Na seqüência final, Luca, o pequeno temporão, conversa com Ciro sobre o acontecido durante a folga do almoço na fábrica da Alfa Romeu. Ciro acredita que algum dia no futuro a família vai entender que sua decisão foi a mais acertada.

Montagem Paralela

Desde os tempos do cinema mudo a fórmula é conhecida, uma seqüência de imagens intercalando cenas de eventos que ocorrem em lugares diferentes, mas que se pretende sejam entendidos como simultâneos. Dito de outro modo, a montagem de acontecimentos que são simultâneos no tempo ficcional, mas representados como sucessivos na tela. Espaços ficcionais distintos, mas percebidos como temporalmente simultâneos. Em Rocco e Seus Irmãos (Rocco e i Suoi Fratelli) temos vários momentos em que ela ocorre. Entretanto, seu clímax acontece no momento em que acompanhamos a luta de boxe de Rocco e o assassinato de Nádia (1).

Esse clímax vem sendo construído através de contrastes de acontecimentos num “tempo linear progressivo”: coisas que vão acontecendo entre Rocco, Simone e Nádia, até que suas vidas estejam totalmente ligadas umas as outras. Este “tempo linear progressivo”, explica Sam Rohdie, leva também a dois clímax: primeiro, o assassinato de Nádia, depois a revelação do crime durante a comemoração da vitória de Rocco. Esses acontecimentos são apresentados como sucessões de camadas de “recheio”, como quando visualizamos uma torta por cima – só percebemos uma de cada vez, na medida em que são colocadas na torta. Já na montagem paralela, visualizamos essa torta lateralmente, percebendo assim várias camadas simultaneamente (2). Enquanto Rocco tenta salvar Simone (assumindo suas dívidas e concordando em tornar-se aquilo que não deseja: um lutador de box), ele se destrói assassinando Nádia.(imagens abaixo, clique nelas para aumentar)


Preparação: as luzes se acendem no estádio para a luta de boxe; Rocco está em seu vestiário/Simone está num bar e descobre que Nádia está se prostituindo na estação de hidroaviões de Milão.
Primeiro encontro: Rocco e seu adversário se encaram enquanto suas luvas são ajustadas/Simone espreita Nádia na estação de hidroaviões.
Primeiro round: Simone tenta “cobrir” Nádia com o casaco e ela foge/Rocco é duramente esmurrado no ringue e Cecchi, seu treinador, lhe diz que trate de se “cobrir”/Simone puxa uma faca e avança na direção de Nádia.
Segundo round: os dois lutadores se aproximam e Rocco nocauteia o adversário/Simone esfaqueia várias vezes Nádia, que grita e se contorce até morrer enquanto Simone foge.
Round final: Rocco vence a luta. (3)

Visconti insistia que a derrota de seus heróis era sempre uma derrota social causada pela organização da sociedade. A extravagância melodramática dos gestos dos personagens de Rocco e Seus Irmãos pretendia desafiar essa organização. A “Tragédia” dessa montagem paralela está no fato dela mostrar ações simetricamente opostas. Rocco faz o que faz com o objetivo de salvar Simone, enquanto Nádia é assassinada por ele. Poderíamos pensar aqui, sugere Rohdie, também numa transferência de gestos. Rocco também está matando Nádia, assim como Simone também está ganhando no ringue. Assim como Rocco havia mandado que Nádia voltasse a viver com Simone depois que este a estuprou, sua vitória no ringue era também a vitória de Simone – já que era para pagar as dívidas do irmão que Rocco havia concordado em tornar-se lutador de box.

Melodrama x Realismo?

Os críticos de Visconti questionam até que ponto se pode acreditar (ou mesmo chegar a compreender) que a vida é assim como o cineasta gostava de mostrar, repleta de atitudes exageradas e super valorizadas (quem não ouviu pelo menos uma vez na vida: “pára de fazer drama!”).

Entretanto, como procurou mostrar Sam Rohdie, o melodrama não neutraliza o realismo documental que geralmente acreditamos ser a única forma de contar uma história como ela aconteceu. (ao lado, Nádia declara seu amor por Rocco e implora que a aceite, mas ele insiste que ela volte para Simone)

Como um dos pais do Neo-Realismo italiano, Visconti seria cobrado sempre por aqueles que não perceberam que a teatralização da realidade terá como fim a percepção aguda dos limites da existência.

“O melodrama, para Visconti, era essa oportunidade do espetáculo mais do que qualquer outra coisa, e um dos contrastes em Rocco [e Seus Irmãos], que é também um contraste em questão de valor, [se dá] entre personagens que vivem de forma melodramática, que se fazem notar porque são cor e movimento, e personagens que levam uma vida comum, que são muito sossegados, muito maçantes, muito medíocres, como Ciro. O valor de Rosaria, como o valor do melodrama que a apresenta, está no fato de que ela ‘vive’, é luz, teatro, gesto, som, e assim em seu próprio ser ultrapassa a cotidianidade e o desinteresse dos medianos. Rosaria, mas também Simone e Rocco são seres mitológicos que encarnam tudo que é excepcional num mundo em que quase tudo é moderado. Isso faz deles, mesmo em sua vulgaridade, aristocratas”. (4) (ao lado, Ciro)


O que enobrece Rocco e Simone é a sua danação. O que condena Ciro e Vincenzo é sua mediocridade, seu conformismo, sua aceitação passiva daquilo que Rocco e Simone recusam. E o meio de compreender este contraste, afirma Sam Rohdie, é o melodrama. Uma forma cujo excesso é a qualidade, cuja função é oferecer um entendimento de um mundo real histórico que pune tal excesso (e tudo que nele é humano) e recompensa sua ausência.

“O melodrama, ao teatralizar a realidade, revela-a embora revelando ao mesmo tempo a impossibilidade, a inviabilidade das emoções que convoca, exceto dentro do melodrama – isto é, não na vida, mas na arte. A superaquecida ficção do melodrama se torna simultaneamente revelação do real, protesto contra ele e salvação por afastar-se dele, o lugar onde os valores negados ou derrotados pela realidade podem ainda sobreviver”. (5)

Visconti e o Problema da Migração Sul-Norte 

Luchino Visconti é um dos cineastas italianos que melhor representou a problemática relação entre o norte e o sul da Itália. Antonio Gramsci (1891-1937), um dos fundadores do Partido Comunista Italiano, em seu “A Questão Sulista”, pensava a problemática da desunião entre o norte e o sul da Itália em termos de classe. O norte industrial explorava o sul rural através de uma aliança entre os industriais do norte e os latifundiários praticamente ainda feudais do sul. Além disso, os trabalhadores do norte não se união aos camponeses do sul contra o Estado burguês. A classe operária se aliou com o capital. Os intelectuais sulistas abandonaram os camponeses para se juntar à burguesia do norte. (abaixo, a família Parondi chega do sul para tentar melhorar de vida no norte)

Rocco e Seus Irmãos reflete essas divisões no seio da sociedade italiana discutidas por Gramsci. Dos cincos irmãos Parondi, Vincenzo (com um emprego estável na construção civil), o mais velho, e Ciro (com um emprego de operário qualificado na indústria automobilística) e Luca, os dois mais novos, estão integrados na sociedade industrial do norte. A família deseja que Luca volte um dia para o vilarejo que deixaram, o qual está sendo transformado pelo progresso do Milagre Econômico do pós-guerra (6).

Na opinião de Gramsci, uma reforma agrária no sul da Itália era impossível enquanto os latifundiários tivessem seus interesses protegidos pelo apoio político dos industriais do norte. Dessa forma, a exploração do campesinato no sul e a exploração da classe operária no norte, eram peças de uma mesma estrutura de relações econômicas e políticas. A única solução, afirmava Gramsci, seria uma aliança entre operários e camponeses contra o Estado burguês, visando à criação de um Estado de “classe”, que não seria nem “nacional”, nem “popular”. Ciro, o operário qualificado da Alfa Romeo, e Luca, que voltaria para o sul, constituiriam este núcleo de ideologia progressista gramsciana adotado por Visconti no filme (7).

Ciro e Luca correspondem ao núcleo ideológico do filme, Rocco e Simone ao dramático. O primeiro núcleo aponta para o compromisso social. O segundo, para soluções individuais. Os primeiros, afirma Sam Rohdie, tem personalidades sem substância. Rocco e Simone, ao contrário, seriam interessantes do ponto de vista dramático por seus valores tradicionais e seus excessos - enfim, defenderia Rohdie, interessam por sua humanidade. (ao lado, Rocco e Simone olham para Milão pela primeira vez. Simone está maravilhado com as luzes da cidade)

Embora as atitudes de Ciro e Luca girem em torno de consciência, escolha, racionalidade, entendimento e compromisso social, é o derrotado do filme que chama mais atenção. Rocco e Simone, com suas atitudes passionais e individualistas, pelos seus valores tradicionais de honra, família e sacrifício, constituiriam o núcleo dramática do filme. Rohdie divide o filme em dois lados. Primeiramente, heróis ideológicos sem força dramática (Ciro e Luca). Em segundo lugar, heróis passionais, com força dramática, embora sem preocupações ideológicas com o Estado moderno (Rocco e Simone): “Eles podem perder, mas sua derrota é um testamento para o vazio humano do progresso que os derrota” (8).

Apesar disso, Rohdie aponta que o filme tem uma fragilidade, posto que em 1960, quando Rocco e Seus Irmãos fora lançado, a problemática da “questão sulista” já era outra. No final dos anos 50, a aliança preconizada por Gramsci entre os operários do norte e camponeses do sul havia sido ultrapassada pelos fatos. O Partido Comunista Italiano havia subestimado o poder do capital, ao mesmo tempo em que superestimou a determinação política dos operários italianos e talvez a sua própria capacidade.

A imagem de uma divisão radical entre norte e sul não era mais um argumento razoável. A integração econômica do sul já estava em curso, portanto o argumento de um norte industrializado explorando um sul rural estava fazendo água. No campo político, a democracia social italiana foi capaz de acolher as demandas socialistas quando a ala liberal dos Democratas Cristãos adotou certo grau de reforma social. Pouco depois, a mesma Democracia Cristã aliou-se aos socialistas numa coalizão de centro-esquerda anticomunista, visando à criação de governos centristas, democráticos, relativamente estáveis e moderadamente reformistas.

“As alianças de classe ‘progressistas’ e anticapitalistas sugeridas por Rocco [e Seus Irmãos], e explicitadas em Gramsci, tinham pouca força por volta de 1960, já que a social democracia burguesa se mostrava atraente, não somente para grupos conservadores, mas também para socialistas e para a classe trabalhadora. De qualquer modo, não era somente a nostalgia de Visconti por um passado que viciava a ideologia progressista de Rocco. A própria ideologia progressista era produto de uma nostalgia; e ambas faziam parte de um mundo em decadência”. (9)

O Sonho Acabou

“O que enobrece Rocco e Simone é a sua danação”

Sam Rohdie (10)

Embora grande parte do vigor do filme resida no sonho de ir além das limitações impostas pelo social, um elemento chave em Rocco e Seus Irmãos (como em todos os filmes de Visconti) é a descoberta da ilusão dos sonhos diante da realidade. Inevitavelmente os sonhos se desfazem diante da dura realidade, destruindo o sonhador. Como o sonho de sucesso econômico de Rosaria, a mãe, feliz por ser percebida pelos lojistas: “as pessoas agora me chamam de Signora”. Como nos lembra Rohdie:

“É na paixão do sonho, e na energia gasta em sua realização, que a força total da realidade a arrostar, e a desgraça de não consegui-lo, se consumam. Se, como se pode afirmar (e Visconti o fez), o conflito essencial de Rocco [e Seus Irmãos] é econômico e social, o vigor do filme reside no sonho de ir além das limitações impostas pelo social; e nessa medida, na medida em que toca nessas limitações e fronteiras, mostrar seu vigor. Não são o social e o econômico que sucumbem aos sonhos em Rocco [e Seus Irmãos]. Os sonhadores é que são derrotados pela solidez de uma realidade que só aceitam completamente quando aniquilados por ela”. (11)

Nos filmes de Visconti, os momentos mais dramáticos são aqueles em que as vítimas heróicas descobrem o quanto seus sonhos são ilusórios frente à realidade crua. Neste filme, isto acontece quando Simone chega durante a comemoração da vitória de Rocco na luta de box e revela que matou Nádia. Rocco percebe que todos os seus sacrifícios foram em vão. Toda a solidariedade, as renúncias que impôs a si mesmo não apenas não ajudaram Simone nem a família, como contribuíram para a ruína de todos. Só resta a Rocco uma conclusão: “Agora está tudo acabado” (12).

Notas:

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1. ROHDIE, Sam. Rocco e Seus Irmãos. Tradução Elianne Ivo Barroso. Rio de Janeiro: Rocco, 1995. P. 45.
2. Idem, p. 46.
3. Ibidem, p. 48.
4. Ibidem, p. 56.
5. Ibidem, p. 29.
6. Ibidem, p. 20.
7. Ibidem, p. 21.
8. Ibidem, p. 23.
9. Ibidem, p. 25.
10. Ibidem, p. 28.
11. Ibidem, p. 27.
12. Ibidem, p. 28.